sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ei! Sorria - Charles Chaplin


Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...

Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Imunização Espiritual



Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração contra as influencias do mal, é necessário te convenças:

Que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação;
Que toda pessoa se reveste de importância particular em nosso caminho;
Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de alguém;
Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema;
Que sem amor não há base firme nas construções espirituais;
Que o tempo gasto em queixas é furtado em trabalho;
Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de lavrá-lo;
Que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão;
Que ressentimento é sempre foco de enfermidade e desequilíbrio;
Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar;
E que, em suma, não basta pedir aos céus, através da oração, para que baixem a terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a terra se eleve igualmente para os Céus.
                                                                 Do Livro – Meditações Diárias – Emmanuel – Por Francisco Xavier.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mais ou Menos


A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...
TUDO BEM!

O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum... 

É amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.

Chico Xavier

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Abrace-se


Abrace-se

Ao acordar, olhe no espelho e veja uma pessoa que se parece com você...
Os olhos dela  tem a cor dos seus
A sua pele tem a sua cor
Os cabelos, embora ainda um pouco confusos, são exatamente o que você desejou para você.
Sorria para ela e veja um sorriso que há muito você não via. Parece com o seu quando criança
Olhe nos olhos dela e diga.. Que bom que te encontrei, pessoa amada que anda junto a mim.
Olhe mais uma vez e perceba. Este alguém é você!
É! Filho de Deus! Semente mais pura da criação divina, guerreiro da vida. Voce é ESPECIAL!
Em mais um dia de vida, comemore estar aqui.
Abrace-se, toque-se e diga o quanto você é especial
O quanto você tem coragem por sair todos os dias para uma aventura desconhecida
O quanto você é  puro por sentir-se tão mal quando não consegue atingir as suas metas pessoais
O quanto você é perfeito por ter erros, e por percebe-los como guias que te levarão ao lugar desejado.
Diga palavras de carinho para você e sinta cada letra entrando em sua alma e reverberando em sua paz.
Sinta-se bem, filho do universo. Voce é feito da poeira das estrelas e, por isto, também nasceu para brilhar.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Os Surdos Mudos (Paulo de Tarso)

(Paulo de Tarso)

“Tornou a retirar-se do país de Tiro e foi por Sidon ao lago da Galileia, atravessando o território da Decápole.
“Trouxeram-lhe então um surdo-mudo e lhe rogaram pusesse a mão sobre ele. Jesus tomou-o à parte, fora do povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. Depois levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe:”Ef-fetha!” – Quer dizer: Abre-te!
“Imediatamente se lhe abriram os ouvidos e soltou-se-lhe a prisão da língua, e falava corretamente. Jesus, porém, os proibiu de que o dissessem a pessoa alguma; mas, quanto mais lho proibia, tanto mais o divulgavam. Cheios de pasmo, diziam: “faz bem todas as coisas; faz ouvir os surdos e falar os mudos”. Marcos (7 – 31-37)

A origem da parábola deve ser buscada na Grécia, onde não passava de simples ilustração ou nota explicativa. À medida que evoluiu na história literária, a parábola passou a incluir a comparação de um objeto real com o conceito abstrato que se pretende transmitir, mediante semelhanças apropriadas à clara compreensão. Este instrumento era usado em abundancia na antiguidade, dada a incapacidade geral da população em adquirir conhecimento pelos meios naturais da coleta, interpretação e associação de dados concretos. Nos textos bíblicos, foi este o instrumento mais utilizado para expressar as lições proferidas pelo Grande Mestre.
Tal qual uma geladeira que pereniza as condições naturais da informação ao longo do tempo, as parábolas vem se ajustando ao sabor da leitura, dada a capacidade e desenvolvimento de quem a interpreta, adquirindo adiantamento e atualidade sem jamais tornar-se obsoleta ou infundada.
Assim, ao lermos uma parábola, temos a nítida impressão de estarmos diante de um fato, uma coisa concreta que aconteceu, percebendo ali uma certa noção de milagre, de fantasia, tão admirados pela nossa espécie humana.
Para uns, história e, para outros, estória. Base de fé ou descrença, usados como instrumentos para construir ou destruir argumentos sólidos que fundamentam as crenças e as religiões, tais fatos necessitam de uma leitura correta, em respeito a todo o legado histórico deixado por aqueles pensadores que ousaram advertir a humanidade dos perigos da não observação do seu lado transcendente, os quais nos levam quase sempre ao niilismo da nossa existência.
No caso do Surdo-Mudo, observamos um fato: História ou Estória? ; Teria Jesus curado uma deficiência física com o toque das mãos? ; Precisava ele dos milagres para se fazer credor da atenção dos seus observadores?
Muitos de nós achamos que sim. Que os fenômenos são mais importantes do que a essência dos ensinamentos, daí a necessidade de vermos as estórias como Histórias. Vejamos o item 06 da conclusão de O Livro dos Espíritos, quando o Codificador é claro quando afirma que:

“Falsíssima ideia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da prática das manifestações materiais e que, portanto, obstando-se a tais manifestações, se lhe terá minado a base. Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom-senso.”

O autor do evangelho de Marcos (pode ter sido o mesmo ou não, pouco importa) congelou na estória do surdo-mudo uma revelação: Jesus tocou o “ouvido” com as suas palavras de amor e paz e destravou a língua daquele simples homem para que falasse a todos das boas novas, e assim todos pudessem tomar ciência de tudo. Um fato que pode acontecer aos milhares, e continua acontecendo até hoje, sem que nos demos conta. A transformação interior (não seja apenas um disseminador de palavras não sentidas) não foi dique forte o suficiente para conter o rio da imensa alegria pelos seres transformados, daí porque todos falavam.
Surdos-mudos somos quando não vemos e ouvimos as mensagens diárias emanadas pelo Supremo. Quando um novo nascer do sol nos convida a uma nova vida; quando um sorriso sincero nos é ofertado sem nada pedir em troca; pela mão caridosa que nos toca o coração pedindo paz; quando um amigo nos carrega nos momentos de fraqueza; quando nos levantamos sem nos darmos conta de quanto somos capazes. Ao tocar-nos com a sensibilidade de ver e ouvir, sentimos o que muda em nós, operados no milagre da cura, sem que isto em nada contrarie a natureza e seus princípios  fundamentais.
Ao firmar as bases das nossas crenças no concreto sem vermos o que se desenrola por baixo dos nossos panos, perdemos o tempo na escuridão do fantasioso e derrapamos nos descaminhos da nossa ignorância. Somos surdos-mudos tocados constantemente pela vida, sequencia dos trabalhos de Deus. Assim modificamos, assim crescemos. Esta simples parábola encerra o grandioso movimento de crescer pelo aprendizado, pela reflexão, pelo auto aprimoramento do Espírito que vive. Olhando assim, Jesus ainda vive entre nós, simbolicamente nos tocando aos olhos e ouvidos, simples andarilhos surdos mudos que somos, na busca incessante por acender em nós a chama de Deus, clareando a visão, audição, todos os sentidos, para que nos tornemos instrumentos da disseminação da paz e do amor, através do nosso testemunho de transformação a que nos submetemos sempre que estamos abertos às mudanças que a vida nos oferece. Surdos passam a ouvir e mudos a gritar.
Tempos de paz ainda virão em que seremos agentes deste tipo de mudança, transformando os nossos irmãos em ouvintes e falantes compulsivos pelo toque generoso da nossa ação caridosa, pelo que necessitamos apreender das parábolas e do seu atual entendimento, o real papel do cidadão em um mundo em transformação para regeneração e fraternal felicidade.