quinta-feira, 31 de maio de 2012

CAMPANHA DO COBERTOR


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Penso, logo sou! (Paulo de Tarso)


Quando um pensamento aflorar em sua mente, aniquilando as reservas psíquicas do seu estado de equilíbrio, receba-o como a quem recebe um desconhecido em casa, ou seja, com a alegria daqueles que jamais negam pouso a um viajante, mas também jamais se esquecem de acompanhar este visitante a todo o momento. Agindo desta maneira, cumpre-se a missão de confrontar com coragem a todo tipo de pensamento ou intuição sem o medo que nos leva a escondê-los da nossa própria verdade, sem a invigilância que nos converte em vitimas fáceis dos desdobramentos nefastos dos pensamentos descontrolados.
O que fazer quando se perde o controle? Meditar. A meditação é o encontro com o eu interior, é a porta aberta ao inconsciente onde guardamos os nossos mais profundos e desconhecidos segredos. Através do mergulho interior, inserimos neste nosso container psíquico as imagens alteradas daqueles pensamentos que nos atormentam. Se uma imagem nos parece sombria, reprogramemo-la, mudando os seus matizes e cores, correspondendo a uma nova percepção em nosso imaginário. Os processos de “visualização terapêutica” têm o condão de reprogramar a nossa mente. Outro recurso terapêutico de grande valor é a oração. A evocação dos sentimentos mais altruístas e a conexão com a divindade ligam-nos ao nosso profundo eu, trazendo para dentro as energias provenientes desta ação, revigorando as bases do nosso ser, motivando-nos a, cada vez mais, nos sentirmos seguros ante a nossa condição de filhos de Deus.
Em um primeiro momento, tudo acontece no cérebro e, quando penso no cérebro, não consigo parar de pensar em computadores. Estes componentes eletrônicos que se inseriram em nossas vidas possuem características funcionais que muito se assemelham a um cérebro humano, tanto que alguns os chamam de cérebros eletrônicos. Tudo começa, à semelhança dos sentidos, com uma entrada, ou “Input”.  Se olharmos para um sistema computacional, damos aos insumos desta entrada a denominação de Dados. Estes, por sua vez, submetem-se a um “programa” que os analisa e, em conformidade com as condições lá estabelecidas, classificam, agrupam e/ou modificam estes dados, resultando em um novo conjunto, chamado Informação. Este processo de transformação do dado em informação é chamado de “processamento”. O passo seguinte é a saída, ou Output.
Analogamente, os dados são as impressões que captamos no meio externo através dos nossos sentidos. O processamento, é a ação das nossas heranças psíquicas sobre estes dados. Aqui manifestamos os nossos aprendizados, crenças, fundamentos, medos, preconceitos, cultura, enfim, tudo que represente o modelo que utilizaremos para confrontar estes dados com o objetivo de obter a informação resultante deste processo. Programas mal escritos podem resultar em informações não confiáveis, em respostas incoerentes e incompatíveis com  a lógica ou razão. Da mesma forma, caso os nossos programas mentais não estejam ajustados a uma realidade  coerente, o resultado das percepções sensoriais será algo distinto daquilo expectado pela razão.  Somos programadores de nós mesmos, no sentido de validar sempre os Outputs das nossas vidas com os Inputs. Pessoas que não possuem o chamado “senso” podem viver a vida inteira produzindo resultados distorcidos, sem, contudo, tomar-se conta disto.
Não é tarefa fácil executar uma reprogramação cerebral. Comportamentos repetidos à exaustão cravaram as suas bases em nosso psiquismo de tal forma que não há sentido em pensarmos em nossas vidas sem eles. São a nossa forma de ser, o nosso “eu” personificado. Os nossos comportamentos nos definem, nos individualizam e nos habilitam ao exercício da socialização, independentemente de como nos saímos neste campo. Mudá-los irá requerer técnicas de profundo teor, que insira novos parâmetros de processamento na parte mais interior do nosso ser.
Contudo, o nosso cérebro, plástico em seu funcionamento, caracteriza-se pelo conjunto estimulo x ação, representado nos chamados “caminhos neurais”. Estes são atalhos que tomamos toda vez que algo que se encontra armazenado lá é evocado pelos nossos sentidos. Uma criança que aprendeu a chorar para saciar a sua fome, provavelmente será um adulto que utilizará do mesmo recurso para obter algo da sua necessidade. O que deu certo no passado pode dar certo agora, no presente. Assim, a reprogramação do cérebro pode ser uma incursão a uma nova realidade estimulo resposta, mudando a forma como reagimos às percepções do mundo exterior. Da mesma forma, o nosso cérebro nos convida a todo instante a refletir sobre os dados já armazenados. Neste particular, temos a rotineira visão de dar às nossas reflexões “temperos” amargos, apimentados, o que complica um pouco mais as coisas.
Se, contrariando o processamento equivocado dos estímulos, nos submetemos a uma reprogramação da relação estimulo resposta aos dados armazenados, poderemos encontrar uma nova perspectiva de visão do mundo, uma realidade alterada que se encaixe melhor nas nossas condições de crescimento. Mudar o cérebro, reprogramá-lo, parece ser uma chave para as muitas descobertas do eu interior. Isto é diferente de abafar os sentimentos, escondermo-nos de nós com o medo de sofrer a desilusão de encontrar um ser distinto do desejado morando nos mais profundos recônditos do eu. Abafar sentimentos, esconder-se, torna-se sim a porta dos sentimentos negativos, da baixa autoestima e das consequentes doenças psíquicas do homem moderno. A depressão é a tristeza do existir, nutre-se dos sentimentos provocados pelo conflito da negação do “self”, da remoção da energia vital do cenário da existência. 
Como então buscar o eu interior sem sofrer? Como confrontar-se com os nossos mais profundos sentimentos de negatividade sem haurir os efeitos deletérios destes provenientes? O auto amor, a aceitação de si e a certeza de que não somos perfeitos, somos apenas crianças brincando de existir, em um mundo de possibilidades criadas por Deus.  Amando-nos a nós, sem ressalvas, encontramos motivação para mudar os pensamentos, as ações e os caminhos neurais por consequência. Novos condicionamentos, sem escamoteações, levar-nos-ão a novos padrões de comportamento, motivando a tão esperada mudança.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Medicina Reconhece Obsessão Espiritual


Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.
Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr.Sérgio Felipe de Oliveira, médico que coordena a cadeira de Medicina eEspiritualidade na USP:

A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito.
 
 No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos. Essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do ser humano e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual. Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID -O Código Internacional de Doenças- que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - Define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença. 
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. 
 
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos -nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura- bem como na interferência de um ser desencarnado , a Obsessão espiritual. Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios. 
 
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de
pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura..
 
Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de Uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas. Em minha prática clínica,( também praticada por Ian Stevenson) a grande maioria dos pacientes, são rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes  (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o ser integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Texto de Osvaldo Shimoda 
Palestra Completa Glândula Pineal - Dr. Sérgio Felipe de Oliveira 
 
Vídeos:

http://br.youtube.com/watch?v=4walu-hO9fQ&feature=related