sábado, 31 de agosto de 2013

Hermínio de Miranda 5

Para finalizar, alguns aspectos curiosos em Hermínio Miranda:

1. Ele não é um escritor que se poderia dizer popular. Conquanto em alguns instantes demonstre intenções nessa direção, sua linguagem o trai, seu estilo é denso e portador de uma seriedade do tipo que não se permite, leves que sejam, algumas pitadas de jocosidade. Às vezes tenta, mas não logra sucesso. Por isso, seria interessante analisar a razão da excelente vendagem de seus livros;

2. Miranda abusa das conceituações e dos esclarecimentos tendo por base os dicionários e enciclopédias. Tem-se a impressão de que escreve com o "Aurélio" e a "Britânica" ao lado, a eles recorrendo constantemente. Isso pode significar, por exemplo, uma tendência ao didatismo, ao mesmo tempo em que preocupação com o produto final da recepção do leitor;

3. Verifica-se, também nele, uma quase excessiva preocupação de convencer o leitor de que não deseja modificar sua opinião acerca de determinados aspectos especialmente ligados à crença. Ao analisar o conjunto de sua obra, este fato se destaca com certa nitidez, contrastando com a firmeza com que defende suas opiniões.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Hermínio de Miranda 4

Também aqui, o material colhido por Miranda vai servir para as diversas outras obras que escreve, como é o caso, por exemplo, do livro Condomínio Espiritual, em que penetra com certa ousadia no terreno das ciências psicológicas, analisa a Síndrome da Personalidade Múltipla (SPM) e apresenta conclusões do tipo: "Se o leitor estiver a perguntar-se por que razão entra em cena a mediunidade nesta discussão, devo dizer-lhe que, a ser legítima a proposta de que são autônomas as personalidades que integram o quadro da chamada grande histeria (SPM), é de pressupor-se no paciente faculdades mediúnicas mais ou menos indisciplinadas, mas atuantes, que permitem não apenas o acoplamento de outras individualidades ao seu psiquismo, como manifestações de tais entidades através de seu sistema psicossomático" (pág. 26). Para deixar ainda mais claro o seu pensamento, Miranda afirma: "Pela minha ótica pessoal, a SPM não seria psicose nem neurose, mas faculdade mediúnica em exercício descontrolado" (pág. 252).

Ainda no plano das vidas sucessivas, Miranda acreditava ser a reencarnação de um dos fiéis colaboradores de Martinho Lutero ao tempo da Reforma, tendo por esta personalidade uma inusitada admiração. Seus estudos sobre vidas anteriores incluem Lutero (este seria a reencarnação de Paulo). Isto talvez explique, entre outras coisas, o também grande interesse de Miranda pela teologia e, em especial, o Cristianismo, valendo destacar aí os dois volumes de As Marcas do Cristo e ainda Cristianismo: A Mensagem Esquecida.

Não se pode, portanto, deixar de mencionar neste ponto duas coisas: sendo afeito ao estudo da teologia, Miranda não se mostrava um místico do tipo comum; apesar disso, é francamente partidário do aspecto religioso do Espiritismo, revelando-se aqui um dos poucos momentos de sua obra em que é contundente: "O Espiritismo está coerente com essa mensagem imortal, e, por isso, implantou-se tão solidamente sobre alicerce de três "pilotis": ciência, filosofia e religião. Hoje, examinando os fatos do ponto de vista privilegiado da perspectiva, sabemos que o suporte religioso é o mais importante dos três". Segue, portanto, a linha Emanuelina, em que não se contenta apenas em apontar sua visão, mas destaca o que entende ser o aspecto primordial: o religioso. Eis que o confirma: "O Espiritismo (...) se resume, em última instância, em uma proposta clara e objetiva de esforço pessoal evolutivo para substituir religiões salvacionistas, dogmáticas e irracionais. Fé racionalizada, purificada e sustentada pela experimentação, continua sendo fé, mais do que nunca. Se isto não é religião, que seria, afinal?".


domingo, 25 de agosto de 2013

Hermínio de Miranda 3

A seriedade de Miranda, nesta como em outras obras, é incontestável. Correndo o risco de ser contestado, avança ele na defesa de idéias próprias em alguns casos, inovando senão na originalidade do assunto pelo menos na utilização de novas designações para fatos conhecidos, como é o caso de seu "replay", nome que atribui ao fenômeno observado por Ernesto Bozzano em "A Crise da Morte", a respeito das lembranças que o indivíduo repassa no instante da desencarnação.

Seu pensamento é de que "o historiador ou historiógrafo não deve imaginar fatos inexistentes para preencher lacunas ou justificar a "sua" filosofia da História. Deve limitar-se a narrar os fatos, tal como se apresentam na documentação existente ou na melhor e mais verossímil tradição".

Ao lado de sua farta produção na linha da reencarnação, Miranda revela-se igualmente interessado nos fatos mediúnicos, privilegiado que foi pela convivência com alguns médiuns férteis em material de análise. Sua capacidade de registrar as informações obtidas por esta via, bem como de ampliá-las com pesquisas bibliográficas, permitiu-lhe escrever inúmeros livros, numa relação de que desponta a série Histórias que os Espíritos Contaram - nada menos de cinco volumes, três dos quais publicado pelo Correio Fraterno: A Dama da Noite, A Irmã do Vizir e O Exilado. Nestas obras surpreende o fato do autor trabalhar com a regressão de memória nos espíritos manifestantes.

Esta relação íntima com o plano invisível, que o autor diz ter durado algumas décadas em ambiente apartado do centro espírita, principiou por uma constatação: "Ao iniciar-se a tarefa, o conceito que eu formulava acerca dos espíritos era o dos livros que estudara durante o período de instrução e formação. Para mim, seriam entidades que, de certa forma, transcendiam a condição humana, quase como abstrações vivas, situadas numa dimensão que meus sentidos não alcançavam. Mas não era nada disso, os espíritos são gente como a gente! Sofrem, amam, riem e choram. Experimentam aflições, desalentos, alegrias, esperanças, tudo igual".


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Hermínio de Miranda 2

Miranda não era um pesquisador do tipo Ian Stevensson ou Hernani Guimarães Andrade. Enquanto estes se preocupam com a análise dos fatos em seus detalhes comprováveis, quando trata da reencarnação Miranda se vale habitualmente de pesquisa biográfica com apoio em bibliografia consistente, em que estão presentes, inclusive, obras de história. É bem verdade que o seu livro mais denso sobre o tema - "Eu sou Camille Desmoulins" - escrito em parceria com o sujet da pesquisa, Luciano dos Anjos, conta com um outro tipo de apoio: a regressão de memória. É também verdadeiro o fato de utilizar as experiências com regressão de memória em outras obras sobre a reencarnação. Sua argumentação, entretanto, privilegia a comparação de dados biográficos, no que é rigoroso se assim podemos nos expressar.

O livro referido merece uma certa atenção, haja vista para as discussões que despertou quando de sua aparição no mercado, em especial por alguns detalhes curiosos: Luciano dos Anjos, sujeto e personagem principal, é figura polêmica por suas preferências político-doutrinárias, em que se arrolam o discutível gosto pelo francês Roustaing (aquele do corpo fluídico de Jesus) e uma atuação extravagante no período em que esteve na Federação Espírita Brasileira. Estes fatos levantaram suspeitas sobre o livro, mas é preciso reconhecer a seriedade de Hermínio Miranda tanto na condução das pesquisas quanto na comprovação das informações obtidas durante os transes. Aliás, a polêmica surgiu antes mesmo da publicação do livro quando Luciano teria vetado a informação constante dos originais de que, em transe, se opunha à teoria roustainguista.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ser ou Não Ser Espírita? Eis a Questão. (Paulo de Tarso)

Ser ou Não Ser Espírita? Eis a Questão.

Realizamos em nossa casa, todas as quartas feiras, uma doutrinária nos moldes do evangelho no lar. O evangelho aberto a esmo, um texto, e um palestrante que o comenta, abrindo em seguida para comentários e dúvidas da audiência presente no dia. Com uma linguagem simples, exemplos do quotidiano, além dos textos oficiais lidos e comentados, a sessão transcorre sem maiores altercações, mesmo porque, dentro desta metodologia, é comum recebermos perguntas relativas a curiosidades da doutrina, das questões humanas e da sua relação com a espiritualidade, de fácil resolução. Contudo, às vezes, não é isto que acontece.
Certa feita, após a leitura e comentários do orador, uma pergunta surgiu na plateia: “Eu sou Espírita ou Espiritualista? Qual a diferença entre os dois?
Facilmente respondível, bastava buscar as definições dogmáticas para esclarecer o tema: Espirita é todo aquele que acredita em Deus, na imortalidade da alma, na comunicabilidade dos Espíritos, na pluralidade dos mundos habitados e na reencarnação. Espiritualista é aquele que crê em um algo mais além da carne, possível de interagir conosco no ciclo das nossas vidas.
Tais respostas, embora corretas, carecem de sentido prático mais objetivo, sendo uma forma de deixar mais dúvida na mente daqueles que querem realmente compreender. Crer nos princípios da doutrina ou dizer que creio me faz espírita?  Frequentar uma casa espírita me faz espírita? Usar e abusar do arquétipo do Espirita me faz espírita? Ir para as ruas ajudar a um pobre, de quando em quando, me faz um verdadeiro espírita? Ler as obras de Kardec, sabendo pronunciá-las de cor e salteado, me faz um verdadeiro Espírita? Com a palavra, as nossas consciências.
Prevendo este tipo de dúvida, Kardec pronunciou:  “ Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações”. Observemos que ele não falou: Leiam meus livros, falem baixinho, se abracem sorrindo ou outros comportamentos típicos daqueles que se dizem espiritas. E isto torna a nossa resposta um pouco mais complexa.
Observando o movimentado movimento espírita, podemos ver uma chuva de vaidades, orgulhos em flor de pele, disputas internas de poder nas casas espíritas, irmãos protagonistas de hecatombes morais, assistindo ainda certo descuido com a diferença entre o ser e o não ser espirita. Ser espírita significa entender o que nos acontece após a vida carnal e, pela interação com os espíritos, a certeza de que usufruiremos de um paraíso prometido no reino dos céus. O contrário, não ser espirita, significa ficar na fila dos errantes umbralinos, dadas as perspectivas de avaliação negativa das suas consciências. Tal fato, embora ocorra, mostra-nos o quanto ainda estamos distantes de Kardec.
Muitas denominações religiosas se intitulam espíritas, pelo fato de que corroboram com a comunicação com o além. Contudo, o professor Rivail nos ensinou que as coisas do mundo espiritual são desvinculadas da terra, que a verdadeira evolução espiritual se dá na descoberta do ser em si, sem a necessidade de símbolos materiais para esta redenção. No espiritismo não existe Alo redenção e sim Auto Redenção. Por isto, a doutrinação de espíritos em metodologia mista (trazer os espíritos para as coisas da terra e usá-los por suas forças sobrenaturais) constitui ainda em  pouco entendimento do valor real da espiritualidade. Nenhuma doutrina ou religião é errada por fazer isto ou aquilo, mas podemos pensar em formas diferentes de ver a mesma coisa, confrontando a lógica de cada qual para um melhor entendimento. Quando Jesus falava que o “Reino do Céu é como...” em sete parábolas dirigidas aos apóstolos, se referia a algo que deve crescer em nós, e não vir para nós (um grão de mostarda, uma pérola, um tesouro, uma rede de pesca, etc). No caminho do átomo ao arcanjo proposto pelo espiritismo vemos um descamar do ser em busca do principio inteligente que o habita, percorrendo a Via Crucis das encarnações, intercaladas entre a redentora morte e o renascimento bendito. É uma busca interior, sem a qual nada se cria, tudo se ilude e afasta.
Assim, o espiritismo puro não é dogmático e pretencioso, como podem pensar alguns místicos confrades. É simples e livre, bastando para isto entende-lo (e não há outra forma de entendê-lo senão o estudo sistemático da literatura de base), e aprofundá-lo (através da vasta literatura séria complementar). Praticá-lo com a simplicidade da Sociedade de Estudos Espíritas, onde o pedreiro e o médico compartilhavam da mesma mesa, com a abnegação de quem crê que fora da caridade não há salvação, com a certeza de que somos espíritos e de que a vida é senão uma abordagem passageira para aplainarmos as nossas arestas morais, sem apegos desnecessários, ritualismos inúteis e ideias distorcidas de uma verdade fácil de ser conhecida.
Ser ou não ser espirita, será, portanto, uma condição moral, de realidade de vida, de verdadeira transformação do ser por conta do seu contato com a revelação vinda do mundo dos espíritos e corroborada pelo evangelho de Jesus. Aos que vivem esta verdade e seguem este caminho encontram inexoravelmente a Jesus, nosso mestre, mentor e guia, conforme ele mesmo assim o predisse, ou, ainda conforme Kardec: “São, afinal, os espíritas imperfeitos, alguns dos quais estacionam no caminho ou se distanciam dos seus irmãos de crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou porque preferem a companhia dos que participam das suas fraquezas ou das suas prevenções. Não obstante, a simples aceitação da doutrina em princípio é um primeiro passo, que lhes facilitará o segundo, numa outra existência. Enquanto um se compraz no seu horizonte limitado, o outro, que compreende a existência de alguma coisa melhor, esforça-se para se libertar, e sempre o consegue, quando dispõe de uma vontade firme”.

Paulo de Tarso

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Sobre o tempo II - Edvaldo Júnior


Sobre o Tempo II

Estava lendo sobre a teoria de Einstein “O paradoxo dos gêmeos”
Nessa teoria ele diz que se pegarmos dois gêmeos e deslocarmos um em alta velocidade, ele retornará mais jovem do que o outro.
Em Outubro de 1971, J.C. Rafele e R.E. Keating conduziram uma experiência prática. A narração da experiência segue:
“…relógios atômicos de césio foram colocados em jatos comerciais. Um relógio ficou em Washington enquanto outros voaram ao redor do mundo, um em direção a leste e outro em direção ao oeste, até completarem uma volta e retornarem ao ponto de origem. Na volta, o que voou a leste perdeu 59 nano segundos e o que voou ao oeste ganhou 273 nano segundos em relação ao que ficou estacionado em Washington…”
Mas como ocorreu essa variação na natureza do tempo? A resposta é que o tempo é uma grandeza, portanto ele “não passa”, como normalmente falamos, somos nós que nos deslocamos, e para isso levamos em consideração a velocidade desse deslocamento. É claro que outras variantes deverão ser incluídas para justificar o resultado, tal como, a um jato deve ser adicionado a velocidade da rotação da terra, enquanto ao outro deve ser subtraído, além da gravidade e outros fatores que influenciam na vibração do corpos dos relógios atômicos de césio. Mas o que me chama mas a atenção é em relação ao tempo das diversas dimensões, como a terceira e quarta dimensão. O tempo do espírito não pode ser igual ao nosso, já que a sutileza de seus corpos fisicamente falando influenciariam no resultante tempo.
Uma coisa interessante de se comparar agora é o pensamento, isso talvez explique a questão do tempo ser tão diferente em relação ao que fazemos. Por exemplo, se você está fazendo algo muito interessante, parece que o tempo “passa” mais rápido, enquanto se estiver numa fila parece não “passar”.


domingo, 11 de agosto de 2013

Dia dos PAIS

FELIZ DIA DOS PAIS

“Haverá lugar mais seguro no mundo, do que os braços de meu pai?

Haverá abraço mais forte, presença mais certa, do que a certeza de meu pai?

Depois de partir tantas vezes, depois de lutar tantas vezes, haverá outro lar para onde eu possa voltar, senão para a mansão do coração de meu pai?

Haverá professor mais dedicado, médico mais experiente, conselheiro mais sábio do que este?

Haverão olhos mais zelosos, ouvidos mais atentos, lágrimas mais sentidas, sorrisos mais serenos do que os dele?

Existirá mais alguém no mundo que lute por mim como ele? Que se esqueça de suas necessidades pensando nas minhas? Que esteja lá, em qualquer lugar, a qualquer hora, por seu filho?

Existirá mais alguém no mundo que renuncie a seus sonhos pessoais por mim, e que chegue até a tornar os meus sonhares os seus próprios, por muito me amar, e por muito querer me ver feliz? Existirá alguém?

Raros são os corações como o dele. Raro como a chuva durante a estiagem. Raro como o sol nas noites eternas dos pólos terrenos.

Nossos pais são únicos. São destas almas que Deus, em sua bondade sem fim, coloca em nossas vidas, para torná-las completas.

Nossos pais são únicos. São as estrelas que permanecem no firmamento, dando-nos a beleza e a luz da noite, sem nada exigir em troca.

São tão valorosos, que mesmo após se tornarem invisíveis aos olhos, e serem vistos apenas em fotografias e sonhos, continuam conosco, com o amor de sempre, com o abraço seguro de todas as horas.”

É por tudo isso que preciso lhe dizer, pai, não somente hoje, mais em todas as manhãs que a vida nos proporcionar; que se meus passos são mais certos hoje, é porque souberam acompanhar os seus; que se hoje sou mais responsável, é porque minha responsabilidade se espelhou na sua; e que se hoje sonho em ser pai, é porque tive em você a maior de todas as inspirações.

Não sabemos ao certo o tempo em que estaremos juntos, aqui, nesta jornada, mas saiba que nada me fará mais feliz no futuro do que reencontrá-lo, tantas e tantas vezes, em tantas e tantas vidas, porque jamais existirá lugar mais seguro no mundo, do que os seus braços, meu pai querido.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Mês de julho Homenagem a Hermínio Correa de Miranda...

HERMÍNIO DE MIRANDA

Um dos escritores espíritas mais lidos da atualidade, também tradutor, Hermínio Correa de Miranda, nascido em 1920, tem um fôlego para pesquisas e leituras tão amplo que não seria de todo equivocado afirmar que é o escritor dos escritores. Equipara-se, talvez, neste aspecto e em certa medida a Ernesto Bozzano. Em sua obra, extensa e também densa, sobressaltam as referências bibliográficas, ao lado de suas preferências temáticas e de uma preocupação constante com as conceituações, que deseja colocar claras para melhor expressão do seu pensamento.

Tendo residido por algum tempo nos Estados Unidos, a serviço profissional, aprimorou ali não só os seus conhecimentos do inglês como também o gosto pela literatura profusa do país de Tio Sam, em especial as obras relacionadas aos temas de sua preferência.

Sem qualquer pretensão de analisar a obra completa de Miranda, podemos destacar quatro de suas opções temáticas: cristianismo (leia-se teologia), mediunidade, regressão de memória e reencarnação. Esta última, porém, parece estar muito à frente das outras, como atesta o prefaciador de um dos seus livros: "Em Doutrina Espírita, o ponto que mais o atrai é a reencarnação". Mais do que isso, é também assunto freqüente em praticamente toda a sua obra, pois, sempre que pôde ele o introduziu em reforço de seu pensamento.