Como devemos agir em situações extremas como essa, na visão espirita?
Esta questão é bastante semelhante àquela proposta no caso dos bebes anencéfalos, onde a deficiência cerebral impediria aos bebes sobreviverem a apenas algumas horas de vida. A questão 132 do Livro dos Espíritos nos alerta de que o objetivo da encarnação é fazer com que os espíritos adquiram a perfeição através da submissão à “todas as vicissitudes da existência corporal” e adita: “Desse modo, por uma admirável lei da natureza, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza”. Assim, entendemos que nada existe sem o propósito do ensinamento e da evolução. Neste caso particular, se serve a natureza para manifestar de forma física as distorções perispirituais do irmão que encarna, fazendo-o passar pelo ciclo do nascimento como forma de refazimento do seu equilíbrio em harmonia. Em nada se conhece a história deste Espírito, das suas vidas passadas, das dores que sofreu e dos distúrbios aos quais foi submetido, razão pela qual devemos creditar aos mecanismos perfeitos da natureza, que quer por todo custo manifestar-se como veículo de evolução espiritual, o fato deste ser assim tão diferente dos demais. Em termos da ação externa dos que assistem a estas manifestações, não lhes é dado o direito de interferir, dado que estariam impedindo o expungir das dores deste irmão, cancelando a prova necessária pela qual deveria passar. Para os que pensam que isto seria uma crueldade divina, pedimos que reflitam sobre o que nos traz a questão 171, tão clara quanto precisa acerca dos desígnios divinos:
“Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcança-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova”.Por fim, observemos o que nos traz a questão 358, quando perguntados os Espíritos acerca da culpabilidade daquele que provocar um aborto durante a gestação:
“Há crime sempre que transgredis a Lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, pois isso impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”
Em termos de resumo, a opinião espirita da atualidade é que os Espíritos não tem sexo e as suas manifestações na carne, além das necessidades evolutivas (necessidade de ser mãe ou de ser um Pai amoroso/rigoroso nas formação dos filhos) refletem as vinculações do espirito em relação as suas polaridades primordiais. Assim, o sexo físico é uma manifestação biológica, ao passo que a manifestação da polaridade espiritual (gênero) é a verdadeira essência de manifestação do Espirito. Muitas vezes esta vinculação da polaridade é tamanha que as aparências físicas não são suficientes para anular ou obliterar a manifestação desta tendência espiritual em matéria do gênero do ser. Assim, caso o Espirito, compreendendo as necessidades evolutivas siga e viva a essência desta sua experiência carnal, tanto mais fácil será para ele cumprir esta etapa evolutiva e apreender aquelas informações necessárias ao seu crescimento. Se, contudo, por livre arbítrio de cada qual, optar por dar vazão a esta tendência (Animus ou Anima) prevalecente em seu psiquismo, que viva dentro dos mesmos padrões éticos e morais delineados para as relações chamadas “normais”, dado que não será menos condenável uma relação heterossexual pautada no desvario das sensações às custas da dignidade humana. Assim, que se manifestem os espíritos em seus corpos de acordo com as suas consciências, vivendo em harmonia e paz com o reto ser e o reto agir, sendo cada qual veiculo das suas próprias necessidades e experiências, sem nenhum preconceito ou julgamento por conta da opção de cada qual.
Diante de um caso de suicídio a primeira pergunta que vem a mente é por quê?
Cada qual tem motivos específicos, mas, geralmente, as pessoas suicidas são ou estão insatisfeitas com a vida, inconformadas com a própria situação, desanimadas, depressivas, não conseguem encontrar motivação ou alegria para viverem. É como se sua vida não fizesse sentido. Falta-lhe coragem, determinação, ação e fé para solucionar as dificuldades que lhes são apresentadas no dia-a-dia.
No Livro dos Espíritos, questões 943 a 957, a questão do suicídio é tratada com bastante esclarecimento. Em relação à pergunta em pauta, temos:
Q.943 – Efeito da ociosidade, da falta de fé e, frequentemente, da saciedade. Para aquele que exercita suas faculdades com um objetivo útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho não tem nada de árido e a sua vida se escoa mais rapidamente. Ele suporta as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quando age tendo em vista uma felicidade mais sólida e maus duráveis que o esperava.
O que leva uma pessoa tirar a própria vida?
A incredulidade, a falta de fé, a dúvida, as idéias materialistas. Em suma, crer que o Nada é o futuro, como se o Nada pudesse oferecer consolação, como se fosse remédio para supostamente abreviar o sofrimento, crença que, na verdade, se constitui em covardia moral. (Revista Espiritismo e Ciência 11, páginas 06-08)
O que é a morte segundo o espiritismo?
A morte é do corpo, momento em que ocorre a passagem do Espírito desta vida terrena, vida passageira, de provações e testes, para nossa vida/mundo de origem, o mundo espiritual, onde a vida é eterna.
“A Morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à evolução. Para além da campa, abre-se uma nova fase de existência. O Espírito, debaixo de sua forma fluídica, imponderável, prepara-se para novas reencarnações; acha no seu estado mental os frutos da existência que findou.”(Leon Denis, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Capitulo X).
O que acontece aos espíritos suicidas no plano espiritual?
Em primeiro lugar, é preciso aclarar-se que o suicídio não apaga a falta cometida, mas, ao contrário, em vez de uma haverá duas; em segundo, que o Espírito, quando se dá conta do ato cometido, constata que nada valeu, ficando literalmente desapontado com os efeitos obtidos e que não eram os buscados, pois se certifica que a vida não se extinguiu e que continua mais real que nunca. Terceiro, e que é bastante doloroso, o suicídio agrava todos os sofrimentos: “depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias, frequentemente, após diversas tentativas frustradas de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam neles deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras”, segundo Emmanuel em Leis de Amor, capitulo VI.
Quando passamos deste plano para outro, continuamos sendo o mesmo ser, ou seja, não modificamos a nossa existência apenas porque desencarnamos. Dessa forma, o desencarnado leva consigo todas os comportamentos, emoções e pensamentos que o acompanhavam aqui na Terra. Se a pessoa não tinha fé, continua sem fé; se era desanimada, continua desanimada; se pensava que a vida não tinha sentido, continua pensando a mesma coisa. Por causa disto, torna ainda mais penosa a existência no plano espiritual, pois verá que o seu objetivo de eliminar a própria vida não deu certo, já que continua vivo do outro lado, sentindo as mesmas coisas que não superou quando na Terra. Este estágio pode perdurar por muito tempo, em locais purgatórias, não por um castigo de Deus, mas por uma necessidade do próprio Espírito, de expurgar todas as suas negatividades para, quando mais consciente e iluminado da sua grandeza e força, possa partilhar de locais mais organizados onde poderá se voltar ao trabalho e à evolução. Caberá a ele buscar uma solução interior para sair desse estado de vitimização e inércia. Quanto a isto, sempre haverá Espíritos de Luz enviando-lhes orações, aguardando sua mudança para encaminhá-lo a uma nova vida.
O que são suicidas inconscientes?
São pessoas que cometem o suicídio por negligência. Ex: exageros na alimentação e vícios que venham a prejudicar o funcionamento perfeito do corpo físico, causando sua morte antes do tempo previsto.
LEITURA COMPLEMENTAR
Em relação ao tema em pauta, gostaríamos de acrescentar, conforma exarado em o Livro dos Espíritos, Livro IV, Capítulo I, Questão 957:
957. Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as consequências do suicídio?
“Muito diversas são as consequências do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.”
A observação, realmente, mostra que os efeitos do suicídio não são idênticos. Alguns há, porém, comuns a todos os casos de morte violenta e que são a consequência da interrupção brusca da vida. Há primeiro, a persistência mais prolongada e tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, por estar quase sempre esse laço na plenitude da sua força no momento em que é partido, ao passo que, no caso de morte natural, ele se enfraquece gradualmente e muitas vezes se desfaz antes que a vida se haja extinguido completamente. As consequências deste estado de coisas são o prolongamento da perturbação espiritual, seguindo-se à ilusão em que,
durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que ainda pertence ao número dos vivos. (155 e 165)
A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das consequências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a culpa em que incorreu. Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interdito. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram.
A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de por termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta, somente por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas.
Cada qual tem motivos específicos, mas, geralmente, as pessoas suicidas são ou estão insatisfeitas com a vida, inconformadas com a própria situação, desanimadas, depressivas, não conseguem encontrar motivação ou alegria para viverem. É como se sua vida não fizesse sentido. Falta-lhe coragem, determinação, ação e fé para solucionar as dificuldades que lhes são apresentadas no dia-a-dia.
No Livro dos Espíritos, questões 943 a 957, a questão do suicídio é tratada com bastante esclarecimento. Em relação à pergunta em pauta, temos:
Q.943 – Efeito da ociosidade, da falta de fé e, frequentemente, da saciedade. Para aquele que exercita suas faculdades com um objetivo útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho não tem nada de árido e a sua vida se escoa mais rapidamente. Ele suporta as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quando age tendo em vista uma felicidade mais sólida e maus duráveis que o esperava.
O que leva uma pessoa tirar a própria vida?
A incredulidade, a falta de fé, a dúvida, as idéias materialistas. Em suma, crer que o Nada é o futuro, como se o Nada pudesse oferecer consolação, como se fosse remédio para supostamente abreviar o sofrimento, crença que, na verdade, se constitui em covardia moral. (Revista Espiritismo e Ciência 11, páginas 06-08)
O que é a morte segundo o espiritismo?
A morte é do corpo, momento em que ocorre a passagem do Espírito desta vida terrena, vida passageira, de provações e testes, para nossa vida/mundo de origem, o mundo espiritual, onde a vida é eterna.
“A Morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à evolução. Para além da campa, abre-se uma nova fase de existência. O Espírito, debaixo de sua forma fluídica, imponderável, prepara-se para novas reencarnações; acha no seu estado mental os frutos da existência que findou.”(Leon Denis, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Capitulo X).
O que acontece aos espíritos suicidas no plano espiritual?
Em primeiro lugar, é preciso aclarar-se que o suicídio não apaga a falta cometida, mas, ao contrário, em vez de uma haverá duas; em segundo, que o Espírito, quando se dá conta do ato cometido, constata que nada valeu, ficando literalmente desapontado com os efeitos obtidos e que não eram os buscados, pois se certifica que a vida não se extinguiu e que continua mais real que nunca. Terceiro, e que é bastante doloroso, o suicídio agrava todos os sofrimentos: “depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias, frequentemente, após diversas tentativas frustradas de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam neles deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras”, segundo Emmanuel em Leis de Amor, capitulo VI.
Quando passamos deste plano para outro, continuamos sendo o mesmo ser, ou seja, não modificamos a nossa existência apenas porque desencarnamos. Dessa forma, o desencarnado leva consigo todas os comportamentos, emoções e pensamentos que o acompanhavam aqui na Terra. Se a pessoa não tinha fé, continua sem fé; se era desanimada, continua desanimada; se pensava que a vida não tinha sentido, continua pensando a mesma coisa. Por causa disto, torna ainda mais penosa a existência no plano espiritual, pois verá que o seu objetivo de eliminar a própria vida não deu certo, já que continua vivo do outro lado, sentindo as mesmas coisas que não superou quando na Terra. Este estágio pode perdurar por muito tempo, em locais purgatórias, não por um castigo de Deus, mas por uma necessidade do próprio Espírito, de expurgar todas as suas negatividades para, quando mais consciente e iluminado da sua grandeza e força, possa partilhar de locais mais organizados onde poderá se voltar ao trabalho e à evolução. Caberá a ele buscar uma solução interior para sair desse estado de vitimização e inércia. Quanto a isto, sempre haverá Espíritos de Luz enviando-lhes orações, aguardando sua mudança para encaminhá-lo a uma nova vida.
O que são suicidas inconscientes?
São pessoas que cometem o suicídio por negligência. Ex: exageros na alimentação e vícios que venham a prejudicar o funcionamento perfeito do corpo físico, causando sua morte antes do tempo previsto.
LEITURA COMPLEMENTAR
Em relação ao tema em pauta, gostaríamos de acrescentar, conforma exarado em o Livro dos Espíritos, Livro IV, Capítulo I, Questão 957:
957. Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as consequências do suicídio?
“Muito diversas são as consequências do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.”
A observação, realmente, mostra que os efeitos do suicídio não são idênticos. Alguns há, porém, comuns a todos os casos de morte violenta e que são a consequência da interrupção brusca da vida. Há primeiro, a persistência mais prolongada e tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, por estar quase sempre esse laço na plenitude da sua força no momento em que é partido, ao passo que, no caso de morte natural, ele se enfraquece gradualmente e muitas vezes se desfaz antes que a vida se haja extinguido completamente. As consequências deste estado de coisas são o prolongamento da perturbação espiritual, seguindo-se à ilusão em que,
durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que ainda pertence ao número dos vivos. (155 e 165)
A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das consequências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a culpa em que incorreu. Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interdito. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram.
A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de por termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta, somente por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas.
Como explica Kardec no livro "A Genese":
"Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do principio espiritual. Ora, como este último principio é uma das forças da Natureza, a reagir incessantemente sobre o principio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro. O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo."
Fica bastante claro que o Espiritismo não é contrário às pesquisas científicas, pois estas contribuirão cada vez mais para demonstrar a realidade espiritual. O projeto Genoma Humano é um grande avanço da ciência
que, ao mesmo tempo que desvenda muitos mistérios, descobre outros ainda maiores.
Agora, com relação ao uso destes conhecimentos, seja através das terapias genéticas, ou do processo de clonagem, o importante é manter-se o posicionamento moral, ético. Esse posicionamento moral, que desde os primórdios da ciência é causa de debates, é onde o Espiritismo pode opinar, uma vez que a Doutrina espírita apresenta uma moral, baseada nos ensinamentos de Jesus, bastante clara. Cremos que os avanços da ciência não poderão ser impedidos, no entanto estes devem buscar sempre valorizar o ser humano.
Todos os avanços da Medicina tendem a minorar o sofrimento humano e isso não contraria a divina Lei de causa e efeito, ao contrário, é-lhe acessório, posto que emanam do Plano Superior, a benefício da humanidade, onde tais avanços aportam no tempo certo, consentaneamente com o progresso científico terreno.
Lembramos que Jesus curou cegos e paralíticos, mas apenas a alguns...
Depreendemos que o Mestre, com a segunda vista integralmente potencializada, assimilava de pronto que tais expiações, nos respectivos portadores da deficiência, tinham chegado ao fim e dessa forma, com Seu sublime potencial espiritual de influir sobre a matéria, procedia às referidas curas.
Independentemente de citar as curas realizadas por Jesus, muitos têm sido os casos de doenças que fazem as pessoas sofrerem por longos períodos e, num determinado momento, um procedimento médico ou um novo medicamento promove a cura dessas doenças.
Assim, tornam-se necessárias as evoluções no conhecimento e nas técnicas que visem adequar o homem aos novos paramos do seu desenvolvimento. Contudo, como todas as ferramentas postas à mão do homem para o seu progresso, haverá casos onde o uso de tais recursos se dê de forma desequilibrada, fora dos padrões morais estabelecidos para as ações em prol da vida. Estes casos irão ser debelados à medida que houver o pleno desenvolvimento da consciência humana em relação a si e ao próximo.
Fonte: Espiritismo e Genética - Eurípedes Kühl
A Genese – Allan Kardec
"Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do principio espiritual. Ora, como este último principio é uma das forças da Natureza, a reagir incessantemente sobre o principio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro. O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo."
Fica bastante claro que o Espiritismo não é contrário às pesquisas científicas, pois estas contribuirão cada vez mais para demonstrar a realidade espiritual. O projeto Genoma Humano é um grande avanço da ciência
que, ao mesmo tempo que desvenda muitos mistérios, descobre outros ainda maiores.
Agora, com relação ao uso destes conhecimentos, seja através das terapias genéticas, ou do processo de clonagem, o importante é manter-se o posicionamento moral, ético. Esse posicionamento moral, que desde os primórdios da ciência é causa de debates, é onde o Espiritismo pode opinar, uma vez que a Doutrina espírita apresenta uma moral, baseada nos ensinamentos de Jesus, bastante clara. Cremos que os avanços da ciência não poderão ser impedidos, no entanto estes devem buscar sempre valorizar o ser humano.
Todos os avanços da Medicina tendem a minorar o sofrimento humano e isso não contraria a divina Lei de causa e efeito, ao contrário, é-lhe acessório, posto que emanam do Plano Superior, a benefício da humanidade, onde tais avanços aportam no tempo certo, consentaneamente com o progresso científico terreno.
Lembramos que Jesus curou cegos e paralíticos, mas apenas a alguns...
Depreendemos que o Mestre, com a segunda vista integralmente potencializada, assimilava de pronto que tais expiações, nos respectivos portadores da deficiência, tinham chegado ao fim e dessa forma, com Seu sublime potencial espiritual de influir sobre a matéria, procedia às referidas curas.
Independentemente de citar as curas realizadas por Jesus, muitos têm sido os casos de doenças que fazem as pessoas sofrerem por longos períodos e, num determinado momento, um procedimento médico ou um novo medicamento promove a cura dessas doenças.
Assim, tornam-se necessárias as evoluções no conhecimento e nas técnicas que visem adequar o homem aos novos paramos do seu desenvolvimento. Contudo, como todas as ferramentas postas à mão do homem para o seu progresso, haverá casos onde o uso de tais recursos se dê de forma desequilibrada, fora dos padrões morais estabelecidos para as ações em prol da vida. Estes casos irão ser debelados à medida que houver o pleno desenvolvimento da consciência humana em relação a si e ao próximo.
Fonte: Espiritismo e Genética - Eurípedes Kühl
A Genese – Allan Kardec
O Espiritismo é a doutrina revelada pelos Espíritos Superiores, através de médiuns, e organizada (codificada), no século XIX, por um educador francês, conhecido por Allan Kardec.
O Espiritismo é ao mesmo tempo filosofia, ciência e religião.
• Filosofia:
Porque dá uma interpretação da vida, respondendo questões como “de onde eu vim”, “o que faço no mundo”, “para onde irei depois da morte”. Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia.
• Ciência:
Porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais. Todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos, têm explicação científica. Não existe o sobrenatural no Espiritismo.
• Religião:
Porque tem por objetivo a transformação moral do homem, revivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, na sua verdadeira expressão de simplicidade, pureza e amor. Uma religião simples sem sacerdotes, cerimoniais e nem sacramentos de espécie alguma. Sem rituais, culto a imagens, velas, vestes especiais, nem manifestações exteriores.
O Espiritismo é ao mesmo tempo filosofia, ciência e religião.
• Filosofia:
Porque dá uma interpretação da vida, respondendo questões como “de onde eu vim”, “o que faço no mundo”, “para onde irei depois da morte”. Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia.
• Ciência:
Porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais. Todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos, têm explicação científica. Não existe o sobrenatural no Espiritismo.
• Religião:
Porque tem por objetivo a transformação moral do homem, revivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, na sua verdadeira expressão de simplicidade, pureza e amor. Uma religião simples sem sacerdotes, cerimoniais e nem sacramentos de espécie alguma. Sem rituais, culto a imagens, velas, vestes especiais, nem manifestações exteriores.
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”. Livro dos Espíritos
“O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.” Livro dos Espíritos
O Livro dos Espíritos, nas questões 489 a 535, trata desta questão. Para uma melhor compreensão do assunto uma leitura destas perguntas pode ajudar.
Quem são os anjos da Guarda?
São irmãos espirituais, de ordem elevada, cuja missão é a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo como seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o animo nas provas da vida. (Q 489,490 e 491).
Todos nós temos um protetor dedicado?
Sim, muitos são aqueles que se nos dedicam a atenção. (Q 512)
Ele nos acompanha durante toda nossa vida?
Desde o nascimento até a morte e muitas vezes nos acompanha na vida espírita, depois da morte, e mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas na vida do espírito. (Para os espíritos destituídos de corpo o tempo não é percebido como para nós encarnados. Para eles a eternidade é o referencial com o qual comparam os exíguos espaços temporais das nossas existências). (Q 492)
Como se comunica conosco e como pode nos ajudar?
Os Espíritos protetores nos ajudam com seus conselhos, mediante a voz da consciência que fazem ressoar em nosso íntimo. Como, porém, não ligamos a isto a devida importância, outros conselhos mais diretos eles nos dão, servindo-se das pessoas que nos cercam. Examine cada uma as diversas circunstancias felizes ou infelizes de sua vida e verá que em muitas ocasiões recebeu conselhos de que não se aproveitou e que lhe teriam poupado muitos desgostos, se os houvera escutado. (Q 524)
Quem são os anjos da Guarda?
São irmãos espirituais, de ordem elevada, cuja missão é a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo como seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o animo nas provas da vida. (Q 489,490 e 491).
Todos nós temos um protetor dedicado?
Sim, muitos são aqueles que se nos dedicam a atenção. (Q 512)
Ele nos acompanha durante toda nossa vida?
Desde o nascimento até a morte e muitas vezes nos acompanha na vida espírita, depois da morte, e mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas na vida do espírito. (Para os espíritos destituídos de corpo o tempo não é percebido como para nós encarnados. Para eles a eternidade é o referencial com o qual comparam os exíguos espaços temporais das nossas existências). (Q 492)
Como se comunica conosco e como pode nos ajudar?
Os Espíritos protetores nos ajudam com seus conselhos, mediante a voz da consciência que fazem ressoar em nosso íntimo. Como, porém, não ligamos a isto a devida importância, outros conselhos mais diretos eles nos dão, servindo-se das pessoas que nos cercam. Examine cada uma as diversas circunstancias felizes ou infelizes de sua vida e verá que em muitas ocasiões recebeu conselhos de que não se aproveitou e que lhe teriam poupado muitos desgostos, se os houvera escutado. (Q 524)
No Livro dos Espíritos, encontramos nas questões 401 e 402, explicações acerca do desprendimento do Espírito quando do sono, e da sua possibilidade de intercambio com o plano espiritual. Assevera a questão 401 que: “..., o espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Parte 2ª – cap. VIII
Já a questão 402 desta mesma obra exara que: “O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente depois que morre. Tiveram sonos inteligentes os Espíritos que, desencarnando, logo se desligam da matéria. Esses Espíritos, quando dormem, vão para junto dos seres que lhes são superiores. Com estes viajam, conversam e se instruem. Trabalham mesmo em obras que se lhes deparam concluídas, quando volvem, morrendo na Terra, ao mundo espiritual. Ainda esta circunstância é de molde a vos ensinar que não deveis temer a morte, pois que todos os dias morreis, como disse um santo”.
Assim, os Espíritos vivem, ora na Terra, encarnados, ora no espaço, desencarnados, mas, os interesses recíprocos, de toda ordem, que os unem, fazem com que se comuniquem, embora situados em planos diferentes de vibração, além dos sonhos, por meio da mediunidade, faculdade orgânica de que são dotadas todas as criaturas, em maior ou menor grau de desenvolvimento. Há, assim, um intercâmbio ativo e contínuo de ideias e mesmo de interesses materiais, que assegura o permanente contato entre os dois mundos, prova evidente da sobrevivência do Espírito ao perecimento do corpo material, de que se servia, quando na Terra. A vida, em verdade, é contínua, e tudo quanto apresente de grandeza ou miséria retrata, por igual, as duas comunidades, que reagem constantemente entre si, intimamente ligadas pela origem e ideais.
A sintonia entre os encarnados e desencarnados propiciará maiores chances de comunicação, dado que este é o principal instrumento usado pela espiritualidade para que se promova a aproximação espiritual. Ainda no capítulo VIII, do Livro II, do Livro dos Espíritos, especificamente na questão 414, a qual pergunta se “Podem duas pessoas que se conhecem visitar-se durante o sono?, obtemos como resposta: “Certo e muitos que julgam não se conhecerem costumam reunir-se e falar-se. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. É tão habitual o fato de irdes encontrar-vos durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas.”
Conforme a Revista Espírita, número 1, Pag.6, “A seu turno, é muito comum indivíduo que se conhecem e ainda vivem no plano físico, visitarem-se durante o sono; e há casos em que um deles encontrando-se acordado, têm a visão do outro na sua forma perispiritual, cópia autêntica do corpo físico, dirigindo-lhe palavra com toda a naturalidade.”
“Não somente com os desencarnados podemos nos relacionar espiritualmente, enquanto o corpo dorme. Também podemos visitar criaturas encarnadas e com elas convivermos, de maneira superior ou inferior, conforme sejam o grau de evolução, propósitos e anseios, nossos e deles.” (Revista Espírita – nº 1 – Goiânia – pág. 6)
No livro "Os Mensageiros" - Cap. XXXVII - André Luiz, referindo-se aos encontros que se dão durante o sono, acrescenta: "Estas ocorrências, nos círculos da crosta, dão-se aos milhares, todas as noites. Com a maioria de irmãos encarnados, o sonho apenas reflete perturbações fisiológicas ou sentimentais a que se entregam; entretanto, existe grande número de pessoas que com mais ou menos precisão, estão aptas a desenvolver este intercâmbio espiritual”.
Contudo, nem sempre as lembranças que temos dos entes queridos encontrados durante o sonho podem representar a verdade. Impressões gravadas em nosso inconsciente, culpas, dores, questões mal resolvidas, podem assaltar-nos durante os estágios de vigília-sono ou vice versa, trazendo estas impressões ao nosso plano consciente como se fosse resultado dos nossos sonhos. Por este conteúdo, esclarece a questão 404 do Livro dos Espíritos acerca do “Que se deve pensar das significações atribuídas aos sonhos?” ao questionar que “Quando tendes certeza de que o que vistes realmente se deu, não fica provado que a imaginação nenhuma parte tomou na ocorrência, sobretudo se o que observastes não vos passava pela mente quando em vigília?”, ou seja, retirada a impressão de que as nossas impressões em nada contribuíram para as mensagens trocadas quando do provável encontro, resta a certeza de que as imagens são reflexo de uma comunicação real. De qualquer modo, a forma mais salutar e positiva que dispomos para auxiliar os que nos foram caros (ou aqueles que entendemos necessitados, mesmo desconhecidos) é a oração. Por este mecanismo, mesmo em estado de vigília, estamos encaminhando aos irmãos as boas energias de reestabelecimento, sem a necessidade de termos que ter conhecimento das suas dores, as quais podem ser, às vezes, excruciantes. Orar é, portanto, a forma mais caridosa e eficiente de ajudarmos aqueles que já retornaram para a pátria espiritual.
Assim, é totalmente real o encontro entre encarnados em sono e desencarnados, como resultado do desprendimento do Espírito durante o repouso do corpo físico e da afinidade entre aqueles que agora podem se comunicar.
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Parte 2ª – cap. VIII
Já a questão 402 desta mesma obra exara que: “O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente depois que morre. Tiveram sonos inteligentes os Espíritos que, desencarnando, logo se desligam da matéria. Esses Espíritos, quando dormem, vão para junto dos seres que lhes são superiores. Com estes viajam, conversam e se instruem. Trabalham mesmo em obras que se lhes deparam concluídas, quando volvem, morrendo na Terra, ao mundo espiritual. Ainda esta circunstância é de molde a vos ensinar que não deveis temer a morte, pois que todos os dias morreis, como disse um santo”.
Assim, os Espíritos vivem, ora na Terra, encarnados, ora no espaço, desencarnados, mas, os interesses recíprocos, de toda ordem, que os unem, fazem com que se comuniquem, embora situados em planos diferentes de vibração, além dos sonhos, por meio da mediunidade, faculdade orgânica de que são dotadas todas as criaturas, em maior ou menor grau de desenvolvimento. Há, assim, um intercâmbio ativo e contínuo de ideias e mesmo de interesses materiais, que assegura o permanente contato entre os dois mundos, prova evidente da sobrevivência do Espírito ao perecimento do corpo material, de que se servia, quando na Terra. A vida, em verdade, é contínua, e tudo quanto apresente de grandeza ou miséria retrata, por igual, as duas comunidades, que reagem constantemente entre si, intimamente ligadas pela origem e ideais.
A sintonia entre os encarnados e desencarnados propiciará maiores chances de comunicação, dado que este é o principal instrumento usado pela espiritualidade para que se promova a aproximação espiritual. Ainda no capítulo VIII, do Livro II, do Livro dos Espíritos, especificamente na questão 414, a qual pergunta se “Podem duas pessoas que se conhecem visitar-se durante o sono?, obtemos como resposta: “Certo e muitos que julgam não se conhecerem costumam reunir-se e falar-se. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. É tão habitual o fato de irdes encontrar-vos durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas.”
Conforme a Revista Espírita, número 1, Pag.6, “A seu turno, é muito comum indivíduo que se conhecem e ainda vivem no plano físico, visitarem-se durante o sono; e há casos em que um deles encontrando-se acordado, têm a visão do outro na sua forma perispiritual, cópia autêntica do corpo físico, dirigindo-lhe palavra com toda a naturalidade.”
“Não somente com os desencarnados podemos nos relacionar espiritualmente, enquanto o corpo dorme. Também podemos visitar criaturas encarnadas e com elas convivermos, de maneira superior ou inferior, conforme sejam o grau de evolução, propósitos e anseios, nossos e deles.” (Revista Espírita – nº 1 – Goiânia – pág. 6)
No livro "Os Mensageiros" - Cap. XXXVII - André Luiz, referindo-se aos encontros que se dão durante o sono, acrescenta: "Estas ocorrências, nos círculos da crosta, dão-se aos milhares, todas as noites. Com a maioria de irmãos encarnados, o sonho apenas reflete perturbações fisiológicas ou sentimentais a que se entregam; entretanto, existe grande número de pessoas que com mais ou menos precisão, estão aptas a desenvolver este intercâmbio espiritual”.
Contudo, nem sempre as lembranças que temos dos entes queridos encontrados durante o sonho podem representar a verdade. Impressões gravadas em nosso inconsciente, culpas, dores, questões mal resolvidas, podem assaltar-nos durante os estágios de vigília-sono ou vice versa, trazendo estas impressões ao nosso plano consciente como se fosse resultado dos nossos sonhos. Por este conteúdo, esclarece a questão 404 do Livro dos Espíritos acerca do “Que se deve pensar das significações atribuídas aos sonhos?” ao questionar que “Quando tendes certeza de que o que vistes realmente se deu, não fica provado que a imaginação nenhuma parte tomou na ocorrência, sobretudo se o que observastes não vos passava pela mente quando em vigília?”, ou seja, retirada a impressão de que as nossas impressões em nada contribuíram para as mensagens trocadas quando do provável encontro, resta a certeza de que as imagens são reflexo de uma comunicação real. De qualquer modo, a forma mais salutar e positiva que dispomos para auxiliar os que nos foram caros (ou aqueles que entendemos necessitados, mesmo desconhecidos) é a oração. Por este mecanismo, mesmo em estado de vigília, estamos encaminhando aos irmãos as boas energias de reestabelecimento, sem a necessidade de termos que ter conhecimento das suas dores, as quais podem ser, às vezes, excruciantes. Orar é, portanto, a forma mais caridosa e eficiente de ajudarmos aqueles que já retornaram para a pátria espiritual.
Assim, é totalmente real o encontro entre encarnados em sono e desencarnados, como resultado do desprendimento do Espírito durante o repouso do corpo físico e da afinidade entre aqueles que agora podem se comunicar.
O que acontece quando as pessoas estão em estado de coma?
Onde se encontra o espírito dessas pessoas e qual a sua missão enquanto estado de coma?
O Coma (ou comatose) é o estado no qual uma pessoa ou animal perde completa ou parcialmente a consciência, devido a baixa atividade elétrica encefálica. Assim, dada a condição de afrouxamento da relação entre corpo e espírito, experimentada nos momentos em que a consciência torna-se menos ativa (tal qual durante o sono), o Espírito tende a tornar-se mais livre, podendo excursionar pelo mundo espiritual, percebendo-se em estado diferente daquele em que se encontra quando na plena atividade do corpo físico.
Na obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (feb), André Luiz através do médium Chico Xavier, disse que “ seu aprisionamento ou a parcial liberação do arcabouço físico, depende da situação mental do enfermo”. Posteriormente, o orientador espiritual Emmanuel, no livro PLANTÃO DE RESPOSTAS (ceu), perguntado sobre o que se passa com os espíritos encarnados cujos corpos ficam meses, até mesmo anos, no estado vegetativo do coma, respondeu que “seu estado será de acordo com sua situação mental, havendo casos em que o Espírito permanece como aprisionado ao corpo, dele não se afastando até que permita receber auxílio dos Benfeitores Espirituais”. Esses, avalia, “são pessoas, em geral, muito apegadas à vida material e que não se conformam com a situação”. “Em outros casos’, diz ele, ‘os Espíritos, apesar de manterem uma ligação com o corpo físico, por intermédio do perispírito dispõem de uma relativa liberdade”. Salienta que “em muitas ocasiões, pessoas saídas do coma descrevem as paisagens e os contatos com seres que já os precederam na passagem para a Vida Espiritual. É comum que após essas experiências elas passem a ver a vida com novos olhos, reavaliando seus valores íntimos”. Concluindo sua resposta, Emmanuel afirma: “- Em qualquer das circunstâncias, o Plano Espiritual sempre estende seus esforços na tentativa de auxílio. Daí a importância da prece, do equilíbrio, da palavra amiga e fraterna, da transmissão de paz, das conversações edificantes para que haja maiores condições ao trabalho do Bem que se direciona, nessas horas, tanto ao enfermo como aos encarnados, familiares e médicos”.
Diferentemente do corpo que o acompanha, o Espírito nunca está em ócio, tal qual prenuncia a questão 401 do Livro dos Espíritos:
401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”
Na codificação não encontramos diretamente referencias ao estado de COMA, contudo, por similaridade, podemos compará-lo aos estados de catalepsia e letargia, devidamente registrados no LE, conforme questões 422 e 423, a saber:
422. Os letárgicos e os catalépticos, em geral, vêem e ouvem o que em derredor se diz e faz, sem que possam exprimir que estão vendo e ouvindo. É pelos olhos e pelos ouvidos que têm essas percepções?
“Não; pelo Espírito. O Espírito tem consciência de si, mas não pode comunicar-se.”
a) — Por quê?
“Porque a isso se opõe o estado do corpo. E esse estado especial dos órgãos vos prova que no homem há alguma coisa mais do que o corpo, pois que, então, o corpo já não funciona e, no entanto, o Espírito se mostra ativo.”
423. Na letargia, pode o Espírito separar-se inteiramente do corpo, de modo a imprimir-lhe todas as aparências da morte e voltar depois a habitá-lo?
“Na letargia, o corpo não está morto, porquanto há funções que continuam a executar-se. Sua vitalidade se encontra em estado latente, como na crisálida, porém não aniquilada. Ora, enquanto o corpo vive, o Espírito se lhe acha ligado. Em se rompendo, por efeito da morte real e pela desagregação dos órgãos, os laços que prendem um ao outro, integral se torna a separação e o Espírito não volta mais ao seu envoltório. Desde que um homem, aparentemente morto, volve à vida, é que não era completa a morte.”