quinta-feira, 18 de julho de 2013

Dia Internacional Nelson Mandela

Dia Internacional Nelson Mandela

Hoje 18 de julho de 1918 Nelson Mandela completa (95 anos).

O Dia Internacional Nelson Mandela - Pela liberdade, justiça e democracia é uma comemoração internacional instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em novembro de 2009, a ser comemorado em todos os dias 18 de julho, data de nascimento do líder sul-africano Nelson Mandela.

Por meio da Resolução A/RES/64/13 a ONU homenageia a dedicação de Mandela a serviço da humanidade, pela resolução de conflitos, pela relação entre as raças, promoção e proteção dos direitos humanos, a reconciliação, igualdade de gêneros e direitos das crianças e outros grupos vulneráveis, e ainda pelo desenvolvimento das comunidades pobres ou subdesenvolvidas.

Com esta data os países-membros reconhecem sua contribuição pela democracia internacional e a promoção da cultura da paz através do mundo.

Na data em que Madiba completa 95 anos, chefe da ONU diz que ajudar ao próximo pode ser o "melhor tributo ao homem que personifica os mais altos valores da humanidade"; atividades serão realizadas em vários países.

No Dia Internacional Nelson Mandela, as Nações Unidas e a Fundação Mandela estão incentivando pessoas do mundo todo a contribuir com 67 minutos de seu tempo a algum trabalho voluntário.

O período simboliza os 67 anos em que Madiba lutou pelos direitos humanos e pela justiça social. 

Simplicidade

De Maputo, o autor do livro "Obrigado, Madiba", que está sendo lançado nesta quinta-feira, falou à Rádio ONU sobre o caráter de Mandela. Abílio Soeiro conta que os dois tornaram-se grandes amigos.

"Ele modificou a minha vida, foi ele quem fez com que eu voltasse aos bancos da escola, depois de 37 anos, para fazer a minha licenciatura e o meu mestrado, graças à influência que ele teve sobre mim. A maneira dele ser, de estar, sua dignidade e aquilo que ele transmite aos outros em termos de valores e a simplicidade desse grande homem."

Benefícios

Em mensagem sobre o dia, o Secretário-Geral da ONU pede "reflexão profunda sobre a vida e o trabalho de Madiba", que continua hospitalizado. Ban Ki-moon parabeniza Mandela pelo aniversário e pede às pessoas que "ajam em benefício ao próximo."

Para Ban, o trabalho voluntário é o "melhor tributo que se pode pagar a um homem extraordinário, que incorpora os valores mais altos da humanidade." O chefe da ONU destaca que em "um momento difícil, os pensamentos e orações estão com Nelson Mandela, sua família e o povo da África do Sul."

Praias

Em Nova York, funcionários das Nações Unidas vão trabalhar como voluntários em duas das áreas mais afetadas pelo furacão Sandy, que atingiu a cidade no ano passado.

Equipes irão limpar e coletar material de residências destruídas, além de lixar, passar massa e pintar as casas. O voluntariado será realizado em duas áreas próximas ao mar: Long Beach e Far Rockaway.

A Fundação Nelson Mandela tem mais ideias de ações, como organizar a limpeza de parques, ruas e praias; ler para uma pessoa cega; ajudar um idoso a fazer compras no supermercado, ajudar em um canil para animais abandonados e doar livros usados para escolas ou bibliotecas públicas.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

10 Curiosidades sobre Nelson Mandela

10 Curiosidades sobre Nelson Mandela

1. O pai de Nelson Mandela, Henry Mandela, era chefe da tribo dos tembus. A mãe, Nosekeni Fanny, era a terceira das quatro esposas de Henry.

2. O nome verdadeiro de Nelson Mandela é Rolihlahla, que, no idioma da tribo dos tembus, significa "encrenqueiro". O nome Nelson foi escolhido por uma professora branca da escola metodista que ele frequentou.

3. Ainda era estudante de Direito quando se envolveu na luta contra o Apartheid. Aos 29 anos, uniu-se ao Congresso Nacional Africano (CNA) e, um ano mais tarde, com a vitória eleitoral dos apoiadores da política de segregação racial, em 1948, Mandela tornou-se um membro ativo no Congresso. No ano seguinte, fundou a organização Liga Jovem do CNA, junto com personalidades como Walter Sisulu e Oliver Tambo.

4. Desde seu envolvimento contra a política de segregação racial, Mandela sempre rejeitou atos violentos para defender sua causa. Isso mudou em 1960, depois do massacre de Sharpeville no dia 21 de março. A polícia sul-africana atirou em manifestantes negros desarmados, deixando 180 feridos e 69 mortos. Depois do incidente, o CNA de Mandela e outros grupos antiapartheid foram colocados na ilegalidade pelo governo. Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe (MK), que significa “Lança da Nação”. À frente do MK, ele comandou uma campanha de sabotagem contra militares e o governo, planejando também uma possível guerrilha, se o projeto falhasse e não colocasse um ponto final na separação entre negros e brancos na África do Sul. Entre suas atividades no MK, estavam arrecadar fundos e criar condições para o treinamento paramilitar do grupo.

5. Não demorou para que fosse contido pelo governo sul-africano. Em 1962, foi preso sob a acusação de viagens ilegais e incentivos a greves. Passados os 5 anos a que fora condenado, foi julgado novamente e, dessa vez, a sentença foi a prisão perpétua por planejar ações armadas, como a sabotagem, e conspirar a ajuda de outros países para invadir a África do Sul. Dessas acusações, Mandela só admite a primeira. Em fevereiro de 1985, Mandela recebeu a proposta de ganhar a liberdade condicional. Em troca, deveria cessar o incentivo à luta armada pela causa antiapartheid. Recusou. Mandela permaneceu preso por 26 anos. 

6. Preso, em 1989, o ativista recebeu o Prêmio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos. Em 1993, Mandela e Klerk receberam o Prêmio Nobel da Paz pelos esforços para acabar com a segregação racial em seu país.

7. A pressão internacional e a campanha do CNA fizeram com que, em 1990, Frederik Willem de Klerk, o último presidente do Apartheid, decidisse pela libertade do ativista. Ele foi solto no dia 11 de fevereiro. O atraso de duas horas na apresentação após sua libertação gerou rumores de que não ele não teria sido solto, o que causou um quebra-quebra nas ruas de Johanesburgo. Na verdade, a culpa era de sua mulher Winnie Madkizela, que estava no cabeleireiro.

8. Em 1994, a África do Sul viveu suas primeiras eleições multirraciais. Mandela, então, foi eleito presidente do país. Durante seu governo, comandou a transição do regime do Apartheid. Mandela permaneceu na presidência da África do Sul até 1999.

9. Mandela já se referiu ao cubano Fidel Castro e ao líbio Muammar al-Gaddafi de “irmãos das armas”, o que gerou críticas ao líder sul-africano.

10. Em 2001, tratou-se e foi curado de um câncer de próstata. A rotina de trabalho forçado e insalubridade na prisão de Robben Island afetaram seus canais lacrimais. Por 10 anos, não pôde chorar. Ainda hoje, tem fotofobia, além de esporádicos lapsos de memória.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mês de julho Homenagem a Rolihlahla Madiba Mandela

Nelson Mandela

Nelson Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Seu nome verdadeiro é Rolihlahla Madiba Mandela. Principal representante do movimento antiapartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.

De etnia Xhosa, Mandela nasceu num pequeno vilarejo na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.

Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali se interessou pelo boxe e por corridas. Após se matricular, começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.

Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.

Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942 e dois anos depois fundou, com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade – documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid.

Comprometido de início apenas com atos não violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.

Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros militantes. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para o Marrocos e Etiópia para treinamento paramilitar.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas antiapartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.

Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois se casou com Winnie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.

Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.

A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.