segunda-feira, 3 de junho de 2013

Sobre o Tempo (Edvaldo Júnior)


Um pouco de prosa para os que não tem nada há fazer rssss….estive pensando… (aproveitem porque com essa idade ta cada vez mais difícil hehe)
O tempo é sem dúvida uma das coisas mais intrigantes que existe, pois ele consegue ser tudo ao mesmo “tempo” impiedoso, persistente, renovador, paciente, salvador.
O tempo é tão envolvente que despertou a atenção de gênios como Einstein, dentre outros, mas em sua linearidade nos impõe limites.
Cientistas estudam formulas que supostamente abririam a porta para uma viagem fantástica sobre a linha do tempo. Mas fico imaginando o que essa porta abriria.
Esse talvez seja o vislumbre de alguns, ver rapidamente se desfazerem ações indesejáveis, voltar para aquele ponto onde foi crucial ter tomado a decisão certa? Seria interessantíssimo conhecer verdades que responderiam de uma vez por todas questões que nos afligem, política, religião, história, não é verdade? Poderíamos introduzir tecnologias atuais, e ver o mundo dar um salto evolucionário e onde temos pobreza e doenças, vermos vida e progresso.
Mas, vendo pelo lado moral, será que estaríamos ignorando a própria vida que na sua simplicidade sempre segue em frente? Seria válidos o erro e acerto e na soma de tudo o que vive agora, seria de maior valor do que tentarmos remendar o passado, criando um presente ajustado? Será que criaríamos um ciclo interminável de presentes sempre indesejáveis? Em que ponto estaríamos satisfeito a ponto de deixarmos a vida seguir em frente?
Pelo lado prático e por que não, científico, precisaríamos acreditar no paralelismo do universo. Onde existe vários eus, com ações paralelas, onde do ponto de retorno, o presente continua e eu remonto a história a partir do meu ponto de chegada no passado. Isso é meio louco se imaginarmos que a essa altura já existe uma outra Terra, um outro Cristo, uma nova linha do mesmo tempo onde eu pensei haver ter retornado.
Pense nos detalhes da confusão: onde estão os meus átomos se nada se cria, tudo se transforma? Logo, se fosse a mesma linha de tempo, eu mesmo poderia ser qualquer coisa, inclusive uma pedra?
Numa visão espiritualista, eu criei uma duplicidade do meu próprio espírito, se isso não for possível e eu estava encarnado, então desintegrei a mim mesmo para ser naquele momento? E se não estava, a duplicidade ainda existe, se é que é possível ser encarnado e espírito ao mesmo tempo?
Mas seria Einstein ingênuo o bastante para não pensar nessas possibilidades? Einstein como se sabe, era um homem aplicado em seus estudos, e não raro a ciência provou seus conhecimento como exatos. Então porque não se deu isso com o tempo?
Na visão moral, temos que para toda causa tem um efeito, se for possível voltar no tempo, teremos um efeito sem causa.
Pelo lado científico, talvez estejamos apenas engatinhando no uso da ciência multidimensional.
Mas o lado espiritualista é quem mais me conforta, pois os espíritos não enxergam o tempo como nós, a linearidade do tempo é só uma das muitas vertentes. O tempo que para nós é um objeto complexo, para eles é apenas uma parte do composto tempo. Onde enxergamos linearidade, eles enxergam multidirecionalidades, como o sol que expele seus raios em várias direções, o composto tempo é visto em passado, futuro e presente em forma não linear. Então pela sua genialidade, Einstein talvez tenha tido por um breve momento essa visão espiritual do tempo, daí estar, que como homem, não o consegui consagrá-la até hoje.
Mas, quem se habilita a explicar?

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