sexta-feira, 22 de novembro de 2013

AMOR

A 02 de janeiro de 1916, às 22 horas, Madre Imaculada e suas companheiras chegaram a Santarém. Apesar da hora avançada, muita gente desejou boas vindas a Madre Imaculada. Elas acompanharam as viajantes com lanternas acesas pelas ruas até o novo convento. Recebidos por Irmã Ângela, substituta da superiora, entraram na capela, decorada com flores. Terminada a oração e cantos de gratidão, elas trocaram notícias até tarde. Após duas horas de sono, levantaram-se. Logo, Madre Imaculada fez um giro pela casa que ainda precisava de muito trabalho para servir aos seus objetivos como convento, orfanato e escola.

Com os meios trazidos da Alemanha, especialmente os arranjados por Frei Beda Kleinschmidt, as Irmãs ampliaram a ajuda médica aos doentes. Enquanto estava na Alemanha, Madre Imaculada começou a aprender a diagnosticar doenças examinando a íris dos pacientes. Desenvolveu também a sensibilidade pela pessoa do doente, habilidade que contribuiu com o seu dom de diagnosticar. Logo os pacientes afluíram em número crescente pedindo ajuda e ajuda foi-lhes dada. Esse dom trouxe-lhe boa aceitação nos seus primeiros tempos nos Estados Unidos. O novo convento atraia um número crescente de doentes e necessitados. Com esse número, as Irmãs podiam também catequizar as crianças nas diversas capelas da catedral.

Em meados de 1922, ela ofereceu-se a si mesma como vítima pela santificação dos sacerdotes. Dom Amando transmitiu a escrita de expiação ao Papa Pio XI. No dia 27 de Julho de 1922, o Papa deu para isso sua bênção “não só com alegrias, mas de coração verdadeiramente grato”.

A casa de Santarém – escola e orfanato – precisava de recursos com o fim de ampliar o seu atendimento à população carente. Daí um convite de Dom Amando à Madre Imaculada para acompanha-lo aos Estados Unidos.

Desta viagem Madre Imaculada nunca mais voltou ao seu querido Brasil, pois sofrera uma queda que a paralisou e a prostrou no leito de dor por 16 longos anos. Mesmo assim, ainda foi capaz de dirigir a congregação. “Apoio-me naquele que é forte, precisamente nos mais fracos”.

Em 1936, ela entregou o cargo de Superiora Geral à Irmã Pacífica, sua enfermeira dedicadíssima, a fim de que as Irmãs tivessem “oportunidade de conversar pessoalmente com a sua Geral”.

No dia 23 de abril de 1938, chegou enfim a hora desejada de partir para a casa do Pai.  A congregação já se espalhara pelo mundo e o seu exemplo consolidava-se, para todos os tempos, como exemplo de dedicação, fé e incondicional amor.

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