A 02 de janeiro de 1916, às 22 horas, Madre
Imaculada e suas companheiras chegaram a Santarém. Apesar da hora avançada,
muita gente desejou boas vindas a Madre Imaculada. Elas acompanharam as
viajantes com lanternas acesas pelas ruas até o novo convento. Recebidos por
Irmã Ângela, substituta da superiora, entraram na capela, decorada com flores.
Terminada a oração e cantos de gratidão, elas trocaram notícias até tarde. Após
duas horas de sono, levantaram-se. Logo, Madre Imaculada fez um giro pela casa
que ainda precisava de muito trabalho para servir aos seus objetivos como
convento, orfanato e escola.
Com os meios trazidos da Alemanha,
especialmente os arranjados por Frei Beda Kleinschmidt, as Irmãs ampliaram a
ajuda médica aos doentes. Enquanto estava na Alemanha, Madre Imaculada começou
a aprender a diagnosticar doenças examinando a íris dos pacientes. Desenvolveu
também a sensibilidade pela pessoa do doente, habilidade que contribuiu com o seu
dom de diagnosticar. Logo os pacientes afluíram em número crescente pedindo
ajuda e ajuda foi-lhes dada. Esse dom trouxe-lhe boa aceitação nos seus
primeiros tempos nos Estados Unidos. O novo convento atraia um número crescente
de doentes e necessitados. Com esse número, as Irmãs podiam também catequizar
as crianças nas diversas capelas da catedral.
Em meados de 1922, ela ofereceu-se a si mesma
como vítima pela santificação dos sacerdotes. Dom Amando transmitiu a escrita
de expiação ao Papa Pio XI. No dia 27 de Julho de 1922, o Papa deu para isso
sua bênção “não só com alegrias, mas de coração verdadeiramente grato”.
A casa de Santarém – escola e orfanato –
precisava de recursos com o fim de ampliar o seu atendimento à população
carente. Daí um convite de Dom Amando à Madre Imaculada para acompanha-lo aos
Estados Unidos.
Desta viagem Madre Imaculada nunca mais
voltou ao seu querido Brasil, pois sofrera uma queda que a paralisou e a
prostrou no leito de dor por 16 longos anos. Mesmo assim, ainda foi capaz de
dirigir a congregação. “Apoio-me naquele que é forte, precisamente nos mais
fracos”.
Em 1936, ela entregou o cargo de Superiora
Geral à Irmã Pacífica, sua enfermeira dedicadíssima, a fim de que as Irmãs
tivessem “oportunidade de conversar pessoalmente com a sua Geral”.
No dia 23 de abril de
1938, chegou enfim a hora desejada de partir para a casa do Pai. A congregação já se espalhara pelo mundo e o
seu exemplo consolidava-se, para todos os tempos, como exemplo de dedicação, fé
e incondicional amor.
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