Indo para Alemanha para buscar novos fundos
para a construção do novo empreendimento, madre Imaculada partiu para
Duesseldorf, onde chegou em 02 de junho de 1914. Pouco tempo após chegar, ela
já havia enviado 32.000 marcos, ocasião em que eclodiu a 1ª guerra mundial.
Apesar da Guerra, conseguiu sair da área
conflagrada através das zonas neutras dos países baixos, no final de 1915. Com
o final do conflito, a Alemanha sairia derrotada e as associações internacionais
rompidas. No período em que este em terras germânicas, iniciou a construção da
casa da Alemanha. Apesar da guerra e de uma doença que adquiriu cuidando das
vítimas da guerra, teve garantida uma casa de bom tamanho que teve o seu nome
dado em homenagem à Nossa Senhora de Lourdes.
Esta nova sede se localizava em Münster.
Frei Beda Kleinschmidt visitou Madre
Imaculada, em Münster, em outubro de 1915. Ele, um franciscano bem relacionado
e influente, naquele tempo Ministro Provincial, ficou surpreendido pela
iniciativa e espírito da Madre Imaculada, que conseguiu não só o seu contínuo
apoio como também o da Província para a fundação de Santarém. Ele, por sua vez,
incentivou o procurador da missão da província a cuidar das necessidades da
comunidade de Santarém.
O mesmo periódico católico que havia
publicado a cerimônia de 15 de agosto de 1913, atualizou seus leitores na
primavera de 1915, relatando boas notícias. Não apenas a construção na Amazônia
estava completa, "pelo menos nos seus aspectos mais importantes", mas
a comunidade tinha uma casa na Alemanha onde eram recebidas e preparadas
candidatas para o trabalho em Santarém e entre os índios. As Clarissas
Missionárias entravam na categoria de "nossas missões" na Alemanha e,
em Santarém, dentro do programa da nova igreja de Dom Amando.
No dia 23 de novembro
de 1915, Madre Imaculada e seis candidatas seguiram para Amsterdã. Ela deixou a
casa, em Münster, aos cuidados de duas jovens Irmãs, Francisca Bombeck e
Elizabeth (Isabel) Mayer que tinham recentemente voltado do Brasil com essa
finalidade. Então, ela e as seis candidatas cruzaram a fronteira entre a
Alemanha e a Holanda, em Bentheim, e foram para o porto de Amsterdã. No dia 24
de novembro, elas tomaram o navio Gebria e, por mar tempestuoso, seguiram para
Portsmouth (Inglaterra), Vigo (Espanha) e Recife, aonde elas chegaram a 12 de
dezembro. Lá, esperaram durante dez dias pelo navio que as lavaria a Belém e a
Santarém.
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