Irmã
Imaculada.
"Temos que ver o grande
campo missionário; devemos estar conscientes das mudanças que estão se operando
na sociedade humana, nas condições de nossos tempos, os quais requerem novas
tarefas e preparo para novos serviços."
Madre Imaculada (Capítulo Geral de 1930)
"Encher-nos de Deus
para irradiá-lo aos necessitados – eis a vocação da Irmã Missionária"
dizia Madre Imaculada.
"Senhor, dá-me um emprego onde eu possa
fazer as pessoas felizes "
Elizabeth
Maria Gertrude Tombrock, nasceu em Ahlen,
Alemanha, filha de Guilherme e Ana Tombrock, cristãos autênticos, em 14 de
Novembro de 1887. Teve como irmãos Will e José. Ela era uma criança frágil, com
tendências à problemas de saúde. Por este motivo, foi levada à Pia Bastismal
nas primeiras horas de vida, fato que ela, em toda a sua vida, considerava uma
graça e recordava com muito carinho e gratidão à DEUS.
Aos
seis anos de idade, viva e inteligente, iniciou o estudo primário. Sua primeira
professora jamais foi esquecida por ela, mesmo nos anos quando já se achava no
Brasil.
Foi o
contato com esta professora que despertou, em Elizabeth, o grande ideal do
magistério. Sentia-se fortemente atraída pelos pequeninos, sobretudo os
pobrezinhos. Com frequência os visitava e não os esquecia em suas orações.
Ouvindo que um sacerdote iria fundar um Centro Missionário entre os Índios,
chorou muito por não poder acompanha-lo.
Cedo, em sua vida, ela aprendeu a amar a Deus.
D. Ana Tombrock estimulou-a a
acompanhá-la em visitas aos doentes e nas distribuições de comida aos
pobres.
O
Nome da Santíssima Virgem paira como um toque festivo de sino sobre toda a vida
de Elizabeth. Sob a tutela carinhosa de sua bondosa mãe, preparou-se para a 1ª
Eucaristia, a 22 de abril de 1900. O dia da sua primeira comunhão raiava como
um dia eterno. No mesmo, recolheu também de sua mãe uma linda carta com
orientações dignas de uma santa, cujo conteúdo realizou em sua vida com o
heroísmo das almas privilegiadas.
Aos 2
de setembro de 1901, Elizabeth concluiu os seus estudos primários e revelou aos
pais o grande desejo: Ser professora
para tornar alegres e felizes as crianças abandonadas. Sua mãe respondeu:
“Se você pretende encarregar-se da educação das crianças mais pobres, eu estou
de acordo; Pode começar os estudos na Escola Normal”.
Entregou-se
com ardor aos estudos, a fim de satisfazer as exigências do ensino. Alguns meses
após a sua chegada, escrevia: “Estudo com o fim exclusivo de trabalhar para a
salvação D´almas”.
Após
um ano de estudo, sua saúde, que nunca foi muito boa, abalou-se bastante ao
ponto dela pensar que o Senhor não a queria no Magistério.
Embora
forçada, muitas vezes a faltar às aulas, dominava as matérias com tanta
segurança que impressionava aos professores. Quando lhe faltavam energias
naturais, o espírito de fé – herança de sua mãe – fornecia-lhe forças
invulgares.
Apesar
das grandes provações a que a submeteu o seu estado de saúde, a 18 de julho de
1907, recebeu o diploma de professora. Estava assim preparada a missão a que
Deus a destinava.
Como
professora, dedicou-se a educar com conhecimento, valores morais e,
principalmente, um grande amor a Jesus e à sua mãe. Sua carreira foi muito curta, porquanto, foi
diagnosticada nela uma Tuberculose (TBC) em seus ossos. Eventualmente, esta
doença, incurável à época, era prenuncio da morte iminente. Foi no outono de
1908 (4 de março de 1908) em que houve o atesto médico da doença, evidenciada
pela presença de úlceras tuberculosas no dedo indicador direito, provocando
afonia, pleurisia ( inflamação das pleuras pulmonares) e insuficiência
cardíaca. Vários especialistas indicaram a amputação dos membros afetados
como tratamento da tuberculose óssea progressiva. Depois de nove operações
de mão – as quais, por causa da fraqueza do coração de Elizabeth, haviam sido
realizadas "sem clorofórmio" , preparou-se para amputar a mão
inteira, mas, os tubérculos já haviam ultrapassado o pulso. Os Médicos
então indicaram a remoção do o braço todo para impedir a propagação da doença.
Mas o senhor operava
maravilhas através de todas essas provações: Crescia nela uma inabalável
confiança
em Maria. Pediu para ser levada a Lourdes, dizendo: “Nossa senhora há
de me curar!”.
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