domingo, 17 de novembro de 2013

Como Aconteceu?

Como Aconteceu?

Era 15 de Agosto de 1909 – continua Elizabeth no raiar dos seus vinte e dois anos – “sentia-me mais extenuada que nunca. As dores eram tão violentas que, por diversas vezes, cheguei a desmaiar. 

Pelas duas horas da tarde, tive um grande desejo de visitar a gruta das aparições, a fim de poder rezar diante da Virgem Imaculada. Ao aproximar-me dela, porém, com muito pesar, senti desfalecerem-se as forças; reconduziram-me então á casa dos romeiros”.

Elizabeth expressou o desejo de tomar parte na procissão eucarística, às 15 horas da tarde. Levaram-na. Quando lá chegou, um sacerdote estava fazendo as orações que ,fervorosamente, eram repetidas pelo povo e pelos doentes:

“Jesus, filho de David, Tende Piedade de Nós!”
“Bom Mestre, aquele a quem amas, está enfermo!”
“Jesus, meu salvador, restabelecei-me a saúde!”
Na procissão tomavam parte muitos bispos, sacerdotes e milhares de fiéis com velas acesas. O oficiante, que levava o santíssimo, parava diante de cada doente, dando-lhe a bênção com a hóstia consagrada...
- “Chegou finalmente a minha vez” -  continua Elizabeth
- “Senti então como se Jesus pousasse a sua mão sobre minha cabeça e bem no fundo da alma ouvi estas palavras:  Filha, Sê Curada!”.
- “Neste momento, perdi a consciência do que me cercava. Parece-me que não foi um desmaio, pois senti-me invadida por uma grande felicidade, que me é impossível expressar, assim como, naquele momento, me foi impossível comportá-la no coração, sem desfalecer”.
Este estado durou cerca de vinte minutos, ao fim dos quais, totalmente recuperada, verificou com espanto que, com facilidade, podia flexionar os dedos.
-“Estou curada” – Bradava em alta voz.                                
Sofria de afonia quase total há dois anos e agora a sua voz bradava pela Esplanada da Basílica. Tiraram-lhe os pensos da mão e, nos dedos, não havia o mínimo vestígio das feridas; achavam-se revestidos de carne e pele, adquirindo os movimentos, perfeitamente sãos.
-“Não é possível descrever o que senti neste momento em que, pela primeira vez após oito meses, pude rezar de mãos postas”.

Foi cercada de romeiros que apertavam e beijavam sua mão. Acompanhavam-na até a gruta quando, ajoelhada, agradecia à Mãe Imaculada por tão estupenda graça. Após chegada a noite, participou da procissão das velas, depositando uma delas, facilmente conduzida por sua mão direita, aos pés de Maria.

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